terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Homem e o Mundo

Para Paulo Freire, o homem é o sujeito da educação e, apesar de uma grande ênfase no sujeito, evidencia-se uma tendência interacionista, pois o homem interage como o mundo, ele é o sujeito-objeto. E isso se dá graças a consciência crítica que o homem adquire, e através da qual, começa a escolher, decidir, se libertar.

"O homem chegará a ser sujeito através da reflexão sobre seu ambiente concreto: quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre a sua própria situação concreta, mais se torna progressiva e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para mudá-la." (MIZUKAMI, 1986)

Toda ação educativa deverá promover o próprio indivíduo, não sendo um instrumento de ajuste da sociedade, onde os opressores comandam os oprimidos. O homem é um ser da práxis, ele atua e reflete sobre o mundo afim de transformá-lo.


"Distanciando-se de seu mundo vivido, problematizando-o, 'descodificando-o' criticamente, no mesmo movimento da consciência o home se re-descobre como sujeito instaurador desse mundo de sua experiência. Testemunhando objetivamente sua história, mesmo a consciência ingênua acaba por despertar crítica-mente, para identificar-se como personagem que se ignorava e é chamada a assumir seu papel. A consciência do mundo e a consciência de si crescem juntas e em razão direta; uma é a luz interior ida outra, uma comprometida com a outra. Evidencia-se a intrínseca correlação entre conquistar-se, fazer-se mais si mesmo, e conquistar o mundo, faze-lo mais humano." (FREIRE, 1957)

Referências: 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987;
MIZUKAMI, Maria da Graça N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.

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